Retomada

Usina de asfalto volta a funcionar em Pelotas

Produção do material estava suspensa desde outubro do ano passado

Jô Folha - DP - Desde outubro a população aguarda a solução para buracos em algumas ruas do município

Por Douglas Dutra
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Depois de cerca de quatro meses inativa, a usina de asfalto da Prefeitura de Pelotas deve voltar a funcionar nos próximos dias com a compra de mais material para a produção de asfalto. O investimento, de aproximadamente R$ 200 mil, deve atender à demanda por até um mês.

Os buracos, que são comuns nas ruas dos bairros da cidade, ficaram sem nenhuma perspectiva de solução em outubro, quando a usina foi paralisada por falta de matéria-prima. Para piorar, o processo para a compra de mais material ficou travado em meados do mês passado, quando a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) assinou um pacote de redução de gastos que impediu o avanço na compra.

Pelotas tem 260 quilômetros de vias pavimentadas na área urbana, e a manutenção dessas áreas é de responsabilidade da Secretaria de Obras e Pavimentação. Segundo o secretário Giovan Pereira, o CAP (cimento asfáltico de petróleo), usado para a fabricação do asfalto, deve ser entregue ainda hoje, e a tendência é que a usina seja reativada até a próxima segunda-feira (13).

Sem a capacidade de atender toda a demanda, a secretaria dá prioridade às ruas e avenidas por onde o transporte coletivo passa. De acordo com o secretário, a manutenção destas vias nos últimos meses foi feita com asfalto frio, que tem menor qualidade e durabilidade. "É uma coisa paliativa, tanto que a gente ficou num período grande sem asfalto, e claro, tem muitos buracos, a gente sabe, mas não teve nenhum caso excepcional, de uma fatalidade ou um evento pior, por a gente estar sempre acompanhando", explica Pereira.

Diante dessa grande demanda reprimida, em especial nos bairros, o secretário ainda não faz uma estimativa de quando essas áreas serão atendidas. "Depende de vários fatores, inclusive de não faltar mais asfalto", diz, com a expectativa de normalizar o atendimento ainda este ano.

Entenda a demora

A demora para adquirir a matéria-prima foi agravada após um decreto assinado pela prefeita Paula em janeiro limitar os valores que podem ser gastos pelo Município. O objetivo, segundo o governo, é economizar até R$ 300 milhões neste ano.

A justificativa da prefeita é a queda que houve nas receitas, com diminuição de repasses do ICMS, sobrecarga das contas públicas gerada pelo déficit previdenciário, despesas com precatórios e o aumento da folha, após o pagamento do piso do magistério no ano passado.

Para atender a necessidade atual, a compra do material foi feita através de um aditivo a um contrato que já estava em vigor em 2022. Um novo processo licitatório para a aquisição de cimento asfáltico foi aberto em dezembro e está em andamento.

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